segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

"ELIZETH CARDOSO"


Elizeth Cardoso (Rio de Janeiro, 16 de julho de 1920 — 7 de maio de 1990) foi uma cantora brasileira. Conhecida como A Divina, Elizeth é considerada uma das maiores intérpretes da música brasileira e um das mais talentosas cantoras de todos os tempos, reverenciada pelo público e pela crítica.
Elizeth Moreira Cardoso nasceu na rua Ceará, no subúrbio de São Francisco Xavier,
e cantava desde pequena pelos bairros da Zona Norte carioca, cobrando ingresso
(10 tostões) das outras crianças para ouvi-la cantar os sucessos de Vicente Celestino. O pai, seresteiro, tocava violão e a mãe gostava de cantar.

Primeira apresentação

Desde cedo precisou trabalhar e, entre 1930 e 1935, foi balconista, funcionária de uma fábrica de saponáceos e cabeleireira, até que o talento foi descoberto aos dezesseis anos, quando comemorava o aniversário.
Foi então convidada para um teste na Rádio Guanabara, pelo chorão Jacob do Bandolim.
Apesar da oposição inicial do pai, apresentou-se em 1936 no Programa Suburbano, ao lado de Vicente Celestino, Araci de Almeida, Moreira da Silva, Noel Rosa e Marília Batista. Na semana seguinte foi contratada para um programa semanal na rádio.
Casou-se no fim de 1939 com Ari Valdez, mas o casamento durou pouco.
Trabalhou em boates como taxi-girl, atividade que exerceria por muito tempo.
Em 1941, tornou-se crooner de orquestras, chegando a ser uma das atrações do Dancing Avenida, que deixou em 1945, quando se mudou para São Paulo para cantar no Salão Verde e para apresentar-se na Rádio Cruzeiro do Sul, no programa Pescando Humoristas.

Estilo

Além do choro, Elizeth consagrou-se como uma das grandes intérpretes do gênero samba-canção (surgido na década de 1930), ao lado de Maysa, Nora Ney, Dalva de Oliveira, Ângela Maria e Dolores Duran. O gênero, comparado ao bolero, pela exaltação do tema amor-romântico ou pelo sofrimento de um amor não realizado, foi chamado também de dor-de-cotovelo ou fossa. O samba canção antecedeu o movimento da bossa nova (surgido ao final da década de 1950, 1957). Mas este último representou um refinamento e uma maior leveza nas melodias e interpretações em detrimento do drama e das melodias ressentidas, da dor-de-cotovelo e da melancolia.
Elizeth migrou do choro para o samba-canção e deste para a bossa nova gravando em 1958 o LP Canção do Amor Demais,considerado axial para a inauguração deste movimento, surgido em 1957. O antológico LP trazia ainda, também da autoria de Vinícius de Moraes e Tom Jobim, Chega de Saudade, Luciana, As Praias Desertas e Outra Vez.
A melodia ao fundo foi composta com a participação de um jovem baiano que tocava o violão de maneira original, inédita: o jovem João Gilberto.

Anos 1960

Em 1960, gravou jingle para a campanha vice-presidencial de João Goulart.
Nos anos 1960 apresentou o programa de televisão Bossaudade
(TV Record, Canal 7, São Paulo). Em 1968 apresentou-se num espetáculo que foi considerado o ápice da carreira, com Jacob do Bandolim, Época de Ouro e Zimbo Trio, no Teatro João Caetano, em benefício do Museu da Imagem e do Som (MIS) (Rio de Janeiro). Considerado um encontro histórico da música popular brasileira, no qual foram ovacionados pela platéia; long-plays (Lps) foram lançados em edição limitada pelo MIS. Em abril de 1965 conquistou o segundo lugar na estréia do I Festival de Música Popular Brasileira (TV Record) interpretando Valsa do amor que não vem (Baden Powell e Vinícius de Moraes); o primeiro lugar foi da novata Elis Regina, com Arrastão. Serviu também de influência para vários cantores que viriam depois,
sendo uma das principais a cantora Maysa.

Apelidos

Teve vários apelidos como A Noiva do Samba-Canção, Lady do Samba, Machado de Assis da Seresta, Mulata Maior, A Magnífica (apelido dado por Mister Eco) e a Enluarada
(por Hermínio Bello de Carvalho). Nenhum desses títulos, porém, se iguala ao que foi consagrado por Haroldo Costa –- A Divina -- que a marcou para o
público e para o meio artístico.
Elizeth Cardoso lançou mais de 40 LPs no Brasil e gravou vários outros em Portugal, Venezuela, Uruguai, Argentina e México.
Elizeth Cardoso morreu aos 69 anos, vítima de câncer.





Discografia

(1955) Canções à Meia Luz
(1956) Fim de Noite
(1957) Noturno
(1958) Retrato da Noite
(1958) Canção do Amor Demais
(1958) Naturalmente
(1959) Magnífica
(1960) Sax Voz
(1960) A Meiga Elizeth
(1961) Sax Voz nº 2
(1962) A Meiga Elizeth nº 2
(1963) A Meiga Elizeth nº 3
(1963) Elizeth Interpreta Vinícius
(1963) A Meiga Elizeth nº 4
(1963) Elizeth Canta Seus Maiores Sucessos
(1963) Grandes Momentos com Elizeth Cardoso
(1964) A Meiga Elizeth nº 5
(1965) Quatrocentos anos de samba
(1965) Elizeth sobe o morro
(1966) Muito Elizeth
(1966) A bossa eterna de Elizeth e Cyro – Elizeth Cardoso e Cyro Monteiro
(1967) A enluarada Elizeth
(1968) Ao vivo no Teatro João Caetano - Elizeth Cardoso, Zimbo Trio e Jacob do Bandolim - Vol. I e II
(1968) Momento de Amor
(1969) Elizeth e Zimbo Trio na Sucata
(1970) Elizeth no Bola Preta com a Banda do Sodré
(1970) Falou e disse
(1970) É de manhã - Elizeth Cardoso e Zimbo Trio
(1970) Elizeth, a exclusiva
(1970) A bossa eterna de Elizeth e Ciro - Nº 2 - Elizeth Cardoso e Cyro Monteiro
(1971) Elizeth Cardoso
(1971) Elizeth Cardoso - Disco de ouro
(1971) Elizeth Cardoso e Silvio Caldas
(1971) Elizeth Cardoso e Silvio Caldas - Vol. II
(1972) Preciso Aprender A Ser Só
(1972) Elizeth Cardoso
(1974) Edição histórica - VOL. 3
(1974) Elizeth / Feito em Casa
(1974) Mulata Maior
(1975) Bossaudade - A bossa eterna
(1975) Elizeth Cardoso
(1976) Elizeth Cardoso
(1977) Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim, Zimbo Trio e Época de Ouro
(1978) A Cantadeira do Amor
(1978) Live in Japan
(1979) O Inverno do meu Tempo
(1980) Elizeth Cardoso nº 1
(1980) Elizeth Cardoso nº 2
(1980) Elizeth Cardoso nº 3
(1981) Elizethíssima
(1982) Outra vez Elizeth
(1982) Recital
(1983) Elizeth - Uma rosa para Pixinguinha
(1984) Leva meu Samba - Elizeth Cardoso e Ataulfo Júnior
(1986) Luz e Esplendor
(1989) Elizeth Cardoso
(1989) Elizeth Cardoso - Jacob do Bandolim - Zimbo Trio e Conj. Época de Ouro
(1991) Todo Sentimento
(1991) Ary Amoroso

sábado, 12 de novembro de 2011

"SÉRGIO MENDES"


Sérgio Santos Mendes (Niterói, 11 de fevereiro de 1941)
é um músico e compositor brasileiro de bossa nova.
Sérgio Mendes começou com o Sexteto Bossa Rio, gravando o disco "Dance Moderno"
em 1961. Viajando pela Europa e pelos Estados Unidos, gravou vários álbuns com Cannonball Adderley e Herbie Mann, chegando a tocar no Carnegie Hall.
Mudou para os EUA em 1964 e produziu dois álbuns sob o nome de "Brasil '64",
com a Capitol Records e a Atlantic Records.
Foi nos EUA que começou o grupo Sérgio Mendes & Brasil 66, alcançando sucesso ao lançar a canção Mas que nada, de Jorge Ben Jor, em versão bossa nova.
Passou longo tempo no ostracismo, lançando discos que tiveram pouco sucesso comercial. Seu reencontro com o grande público se deu em 1984, com o lançamento do disco e sucesso Never gonna let you go, chegando a quarto lugar nas paradas. Pouco depois lançou o álbum Confetti, contendo entre outras músicas Olympia, feita para as Olimpíadas de 1984 em Los Angeles.
Nos anos 90, criou a banda Brasil 99, com a qual gravou o disco Brasileiro, que, além de levá-lo de volta às paradas de sucesso, lhe rendeu o Grammy de 1993 na categoria World Music. Tem mais de trinta discos lançados, e o mais recente deles conta com participações especiais de, entre outros, Stevie Wonder e Black Eyed Peas.
Pouca gente sabe, mas durante a época de pobreza de Harrison Ford, o ator que participou de filmes de mais de 100 milhões de
dólares de bilheteria foi carpinteiro de Sérgio Mendes.

Discografia

Dance moderno (1961)
Quiet nights (1963)
Você ainda não ouviu nada. Sergio Mendes & Bossa Rio (1963)
The swinger from Rio (1964)
Bossa Nova York. Sergio Mendes Trio (1964)
Cannonbal's bossa nova with Bossa Rio (1964)
In person at El Matador-Sergio Mendes & Brasil' 65 (1964)
Brasil' 65. Wanda de Sah featuring The Sergio Mendes Trio (1965)
The great arrival (1966)
Herp Albert presents Sergio Mendes & Brazil' 66 (1966)
Equinox-Sergio Mendes & Brasil' 66 (1967)
Sergio Mendes favourite things (1968)
Look around-Sergio Mendes & Brasil' 66 (1968)
Crystal illusions-Sergio Mendes & Brasil' 66 (1969)
The fool on the hill-Sergio Mendes & Brasil' 66 (1969)
Ye-me-lê. Sergio Mendes & Brazil' 66 (1970)
Live at Expo' 70. Sergio Mendes & Brazil' 66 (1970)
Stilness-Sergio Mendes & Brasil' 66 (1971)
País tropical-Sergio Mendes & Brazil' 77 (1971)
Raízes-Sergio Mendes & Brazil' 77 (1972)
Love music-Sergio Mendes & Brasil' 77 (1973)
In concert-Sergio Mendes & Brasil' 77 (1973)
Vintage 74-Sergio Mendes & Brasil' 77 (1974)
Sergio Mendes (1975)
Homecooking-Sergio Mendes & Brasil' 77 (1976)
Sergio Mendes & and the new Brasil' 77 (1977)
Brasil 88 (1978)
Pelé-trilha sonora do filme (1978)
Magic lady (1979)
Horizonte aberto (1979)
Sergio Mendes (1982)
Confetti. Opus (1985)
Brasil 86 (1986)
Arara (1989)
Brasileiro (1992)
Oceano (1996)
Timeless (2006)
Encanto (2008)
Bom Tempo Remix (2011)

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

"JOHNNY ALF"


Johnny Alf, nome artístico de Alfredo José da Silva (Rio de Janeiro, 19 de maio de 1929 — Santo André, 4 de março de 2010), foi um compositor, cantor e pianista brasileiro.
Perdeu o pai, cabo do exército, aos três anos de idade. Sua mãe trabalhava em casa de uma família na Tijuca e o criou sozinha. Seus estudos de piano começaram aos nove anos, com Geni Borges, amiga da família para a qual sua mãe trabalhava.
Após o início na música erudita, começou a se interessar pela música popular, principalmente trilhas sonoras do cinema norte-americano e por compositores como George Gershwin e Cole Porter. Aos 14 anos, formou um conjunto musical com seus amigos de Vila Isabel, que tocavam na praça Sete (atual praça Barão de Drummond). Estudou no Colégio Pedro II. Entrando em contato com o Instituto Brasil-Estados Unidos, foi convidado para participar de um grupo artístico. Uma amiga americana sugeriu o nome de Johnny Alf.
Em 1952, Dick Farney e Nora Ney o contratam como pianista da nova Cantina do César, de propriedade do radialista César de Alencar, iniciando assim sua carreira profissional. Mary Gonçalves, atriz e Rainha do Rádio, estava sendo lançada como cantora, e escolheu três canções de Johnny: Estamos sós, O que é amar e Escuta para fazerem parte do seu longplay Convite ao Romance.
Foi gravado seu primeiro disco em 78 rpm, com a música Falsete de sua autoria, e De cigarro em cigarro (Luís Bonfá). Tocou nas boates Monte Carlo, Mandarim, Clube da Chave, Beco das Garrafas, Drink e Plaza. Duas canções se destacaram neste período: Céu e mar e Rapaz de bem (1953), consideradas a melodia e a harmonia, como revolucionárias e precursoras da bossa nova.
Em 1955 foi para São Paulo, tocando na boate Baiuca e no bar Michel, com os iniciantes Paulinho Nogueira, Sabá e Luís Chaves. Em 1962 voltou ao Rio de Janeiro, se apresentando no Bottle's Bar, junto com o conjunto musical Tamba Trio, Sérgio Mendes, Luís Carlos Vinhas e Sylvia Telles. Apresentava-se no Litlle Club e Top, o conjunto formado por Tião Neto (baixista) e Edison Machado (baterista).
Em 1965 realizou uma turnê pelo interior paulista. Tornou-se professor de música no Conservatório Meireles, de São Paulo. Participou do III Festival da Música Popular Brasileira em 1967, da TV Record - Canal 7, de São Paulo, com a música Eu e a brisa, tendo como intérprete a cantora Márcia (esposa de Silvio Luiz). A música foi desclassificada, porém se tornando um dos maiores sucessos de sua carreira.
Em seus últimos anos de vida Johnny raramente se apresentava, em razão de problemas de saúde. Esteve apenas na abertura das exposições dedicadas aos 50 anos da bossa nova na Oca, em 2008,e, em janeiro de 2009, no Auditório do SESC Vila Mariana, em São Paulo.Na mostra sobre os 50 anos da bossa nova, Alf teve um encontro virtual com nomes como Tom Jobim, Frank Sinatra, Ella Fitzgerald e Stan Getz. O artista tocava piano com as projeções dos colegas, já mortos, para um filme que foi exibido ao longo do evento. Segundo o curador da mostra, Marcello Dantas, Johnny Alf foi "o caso clássico do artista que não teve o reconhecimento a altura de seu talento. Alf foi um gênio e teve participação na história da nossa música".
O compositor não tinha parentes. Vivia em um asilo em Santo André. Seu último show foi em agosto de 2009, no Teatro do Sesi, em São Paulo, ao lado da cantora Alaíde Costa.
Faleceu aos 80 anos no hospital estadual Mário Covas, em Santo André (SP), onde, durante três anos, se tratou de um câncer de próstata. Ele vivia em uma casa de repouso na cidade.
Segundo o jornalista Ruy Castro, Johnny Alf foi o "verdadeiro pai da Bossa Nova". Tom Jobim, outro dos primeiros artistas da Bossa Nova, admirava Johnny Alf a ponto de apelidá-lo de "Genialf".




Discografia

1952 - Johnny Alf
1952 - Convite ao Romance - Mary Gonçalves
1954 - Johnny Alf (78 rpm)
1955 - Johnny Alf (78 rpm)
1958 - Johnny Alf (78 rpm)
1961 - Rapaz de bem (longplay)
1964 - Diagonal (Lp)
1965 - Johnny Alf - arranjos de José Briamonte
1968 - Johnny Alf e Sexteto Contraponto
1971 - Ele é Johnny Alf
1972 - Johnny Alf - compacto duplo
1974 - Nós
1978 - Desbunde total
1986 - Johnny Alf - Eu e a brisa
1988 - O que é amar
1990 - Olhos Negros - participação Gilberto Gil,Chico Buarque,Caetano Veloso, Roberto Menescal, Leny Andrade e outros.
1997 - Johnny Alf e Leandro Braga - Letra e música Noel Rosa
1998 - Cult Alf - Johnny Alf - gravado ao vivo
1999 - As sete palavras de Cristo na Cruz - Dom Pedro Casaldáliga
2001 - Johnny Alf - Eu e a Bossa - 40 anos de Bossa Nova

Participações especiais

1975 - 100 anos de Música Popular Brasileira - Projeto Minerva - série de oito álbuns produzidos e apresentado por Ricardo Cravo Albin, gravados ao vivo na rádio MEC do Rio de Janeiro. Cantando ao lado de Alaíde Costa e Lúcio Alves.
1984 - Trilha sonora da telenovela Anjo Mau, da Rede Globo, com a música O que é amar.
1998 - O show Noel Rosa - Letra e música, lançando um compact disc com o mesmo nome, foi realizado no Sesc Pompéia, em São Paulo. Incluindo a canção Noel, Rosa do Samba, de Paulo César Pinheiro.
2004 - CD Dois Corações, da cantora mineira Fernanda Cunha. No Cd os "dois corações" são Johnny Alf e Sueli Costa, uma das mais importantes compositoras brasileiras, que também faz participação especial com piano e voz.

domingo, 25 de setembro de 2011

"VINÍCIUS DE MORAES & TOQUINHO"


Desta parceria, viriam clássicos como “Como Dizia o poeta”,
“Tarde em Itapoã” e “Testamento”.

Em 1970, Vinícius se apresentou na casa de espetáculo carioca Canecão, com o parceiro Tom Jobim, o violonista Toquinho e a cantora Miúcha. O show, que relembrou a trajetória do poeta, ficou quase um ano em cartaz devido ao grande sucesso obtido. Outra apresentação marcante de Vinícus de Moraes, ao lado de Toquinho e da cantora Maria Creuza, foi em Buenos Aires, na boate La Fusa. O antológico concerto resultaria no LP ao vivo “Vinícius En La Fusa”, uma das mais belas jóias gravadas ao vivo da música brasileira. No repertório, interpretado de modo espetácular pela cantora baiana, estavam entre outras “A Felicidade”, “Garota de Ipanema”, “Irene”, “Lamento no Morro” “Canto de Ossanha” (canção muita aplaudida pela platéia argentina), “Samba em Prelúdio”, “Eu Sei Que Vou Te Amar” (canção que contou ainda com a declamação do poetinha de “Soneto da Fidelidade”, para delírio do público argentino), “Minha Namorada” e “Se Todos Fossem Iguais A Você”, que encerrou o magnífico concerto. No ano seguinte, Vinícius voltou a Fusa para gravar um novo LP ao vivo, também com Toquinho, mas desta vez com a cantora Maria Bethânia nos vocais. Neste álbum estão presentes canções com “A Tonga da Mironga do Kabulete”, “Testamento” e “Tarde em Itapoã”. Também em 1971, assinou com Chico Buarque, sobre antigo choro de “Garoto”, a canção “Gente Humilde”, grande sucesso gravada pelo próprio Chico e, pouco depois, por Ângela Maria.

A parceria Vinícius/Toquinho excursionou por várias cidades brasileiras e também pelo exterior. Ainda em 1971, a dupla lançou seu primeiro LP de estúdio, com destaque para “Maria Vai com as Outras”, “Morena Flor”, “A Rosa Desfolhada” e “Testamento”. Em 1972, eles lançaram o álbum “São Demais os Perigos Dessa Vida”, contendo - além da faixa-título - grandes sucessos como “Cotidiano nº 2”, “Para Viver Um Grande Amor” e “Regra três”. Com Toquinho, também compôs a trilha sonora da telenovela “Nossa Filha Gabriela” (da extinta TV Tupi), registrada em disco neaquele mesmo ano. No ano seguinte, a dupla se apresentou no show “O Poeta, a Moça e o Violão”, com a cantora Clara Nunes no Teatro Castro Alves, em Salvador.

Em 1974, Vinícius e Toquinho compuseram “As Cores de Abril” e “Como É Duro Trabalhar”, ambas incluídas na trilha sonora da novela “Fogo Sobre Terra” (da Rede Globo). Naquele mesmo ano, a parceria lançou o álbum “Toquinho, Vinícius e Amigos”. O disco teve as participações de Maria Bethânia (em “Apelo” e “Viramundo”) , Cyro Monteiro (“Que Martírio” e “Você Errou”, últimas gravações deste cantor), Maria Creuza (“Tomara” e “Lamento no Morro”), Sergio Endrigo (“Poema Degli Occhi” e “La Casa”) e Chico Buarque (“Desencontro”). Ainda naquele ano, a dupla lançou “Vinícius e Toquinho”, quarto álbum de estúdio da parceria, que trazia composições de autoria deles, como “Samba do Jato”, “Sem Medo” e “Tudo Na Mais Santa Paz”, e ainda “Samba pra Vinícius”, homenagem ao poetinha de Toquinho e Chico Buarque, que fez uma participação especial no disco.

Em 1975, Vinícius do Moraes lançou o álbum “O Poeta e o Violão”. Gravado em Milão, o LP teve a participação especial dos maestros Bacalov e Bardotti. No mesmo ano, a gravadora Philips lançou o álbum “Vinícius e Toquinho”. Deste LP, destaca-se “Onde Anda Você” - parceria com Hermano Silva e que alcançou grande sucesso. Ainda naquele ano, Vinícius lançou o livro de poemas infantis “A Arca de Noé”. Foram lançados em no ano seguinte os álbuns “Ornella Vanoni, Vinícius de Moraes e Toquinho - La voglia/ La pazzia/ L’inconscienza/ L’allegria” e “Deus lhe Pague” - este com as composições da parceria Vinícius e Edu Lobo.




Vinícius teve publicado, em 1977, o livro “O Breve Momento”, com 15 serigrafias de Carlos Leão. Naquele ano, o selo Philips lançou o álbum “Antologia Poética”, uma seleção da obra poética do poetinha e que teve a participação especial de Tom Jobim, Francis Hime e Toquinho. A gravadora Som Livre disponibilizou no mercado o LP “Tom, Vinícius, Toquinho e Miúcha - Ao Vivo no Canecão”. Em 1978, foi lançado o álbum “Vinícius e Amália”, disco gravado em Lisboa com a cantora portuguesa Amália Rodrigues. Naquele mesmo ano, foi editado o álbum “10 Anos de Toquinho e Vinícius” - uma coletânea de uma década de trabalhos da dupla. Em 1980, foi lançado o álbum “Arca de Noé”, que trouxe diversos intérpretes para as composições infantis do poeta, musicadas a partir do livro homônimo. O disco gerou um especial infantil na Rede Globo, naquele mesmo ano.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

"MARISA GATA MANSA"


Marisa Vertullo Brandão, mais conhecida como Marisa Gata Mansa (Rio de Janeiro, em 27 de abril de 1933 — 10 de janeiro de 2003), foi uma cantora brasileira.
O apelido gata mansa ela recebeu do jornalista Djalma Sampaio por causa de seu jeito calmo de falar. Nascida numa família entusiasta da boa música, cresceu nesse ambiente que a incentivou a cantar. Foi casada com o compositor e pianista César Camargo Mariano, que compôs em sua homenagem a música Marisa, tema da cerimônia religiosa de seu casamento com o compositor. Marisa gravou o primeiro compacto, de 78 rotações, Você Esteve com Meu Bem, de João Gilberto e Russo do Pandeiro, pela RCA Victor. Uma trajetória marcada por um viés jazzístico, foi crooner do Golden Room do Copacabana Palace e substituindo Dolores Duran no bacará. Típica voz de bares noturnos, cantava no Beco das garrafas, ao lado de outros nomes da bossa nova.


domingo, 13 de fevereiro de 2011

"LÚCIO ALVES"


Lúcio Ciribelli Alves (Cataguases, 28 de janeiro de 1927 — Rio de Janeiro, 3 de agosto de 1993) foi um cantor e compositor brasileiro.
Começou a tocar violão na infância. Criou nos anos 1940, o grupo musical Namorados da Lua, ele era o cantor, violonista e arranjador; o grupo fez sucesso e se desfez em 1947. Compôs com Haroldo Barbosa a canção De conversa em
conversa e Baião de Copacabana.
No início da década de 1950 se tornou um dos cantores mais populares do rádio. Gravou com Dick Farney - Teresa da praia (Tom Jobim/Billy Blanco), Sábado em Copacabana (Dorival Caymmi/Carlos Guinle), Valsa de uma cidade
(Ismael Neto/Antônio Maria), Xodó (Jair Amorim/J M de Abreu).
Lançou o disco Lúcio Alves interpreta Dolores Duran - 1960 -
homenageando a cantora que morreu em 1959.
Os discos A bossa é nossa e Balançamba, destacam-se as suas interpretações para Dindi (Tom Jobim/Aloysio de Oliveira), Samba da minha terra de Dorival Caymmi, Ah, se eu pudesse e O barquinho (Roberto Menescal/Ronaldo Bôscoli).
Dóris e Lúcio no Projeto Pixinguinha - com Dóris Monteiro -
gravadora EMI Odeon Brasil - 1978.
Romântico/A arte do espetáculo - ao vivo - gravado ao vivo no restaurante-bar Inverno & Verão - São Paulo - agosto de 1986. Foi a última gravação de Lúcio Alves.

domingo, 30 de janeiro de 2011

"BADEN POWEL"


Baden Powell de Aquino (Varre-Sai, 6 de agosto de 1937 — Rio de Janeiro, 26 de setembro de 2000) foi um violonista brasileiro.
Filho de Dona Adelina e do violinista e escoteiro Lilo de Aquino, que lhe deu esse nome por ser fã do criador do Escotismo, general britânico Robert Stephenson Smyth Baden-Powell. É irmão de Vera Gonçalves de Aquino e pai do pianista e tecladista Philippe Baden Powell e do violonista Louis Marcel Powell (ambos nascidos na França) e primo do violonista João de Aquino.
Aos nove anos começou a estudar violão, mas só ficou famoso no Brasil quando constituiu uma parceria com Vinícius de Moraes, que escreveu versos para suas composições, criando o gênero dos afro-sambas.
Toava a música tradicional brasileira, mas amava o jazz e logo desenvolveu um estilo que se baseava em Django Reinhardt e Barney Kessel. Passou a ser conhecido internacionalmente em 1966 quando Joaquim Berendt teve a oportunidade de conhecê-lo, convidando-o para gravar seu primeiro disco e visitar a Europa.

O sucesso não o abandonou e sua fama foi aumentando com seus discos, principalmente na Alemanha. Continuou dando concertos, também nos Estados Unidos, onde teve a oportunidade de se apresentar com Stan Getz.

Baden Powell tinha uma maneira única de tocar violão, incorporando elementos virtuosísticos da técnica clássica e suíngue e harmonia populares. Explorou de maneira radical os limites do instrumento, o que o transformou em uma rara estrela nacional da área com trânsito internacional.

Ele foi considerado por muitos um dos maiores violonistas de jazz desde o início da bossa nova. Já gravou muitos discos entre os quais é preciso mencionar “Baden Powell Quartet”, um álbum duplo gravado para a Barclay, “Stephane Grappelli - Baden Powell” (Fontana) e “Baden Powell” (MPS).
Depois de passar várias semanas no hospital, Baden Powell morreu a 26 de setembro de 2000, aos 63 anos.

Cronologia

1937, 6 de agosto - Nascimento em Varre-Sai, à época distrito do município de Natividade, RJ.
1937 - Muda-se, com a família, para a cidade do Rio de Janeiro, morando no bairro de São Cristóvão.
1962 - Conhece Vinícius de Moraes.
1962 - Primeira viagem à Europa, quando se torna o mais prestigioso artista brasileiro. Apresentações e gravações em vários países.
1969 - Vence a I Bienal do Samba, com a música Lapinha, composta junto com Paulo César Pinheiro.
1994 - Lança, no Brasil, o disco Baden Powell de Rio a Paris.
1994, julho - Apresenta-se na Sala Cecília Meireles, a cidade do Rio de Janeiro, ao lado dos filhos Louis Marcel Powell, violonista, e Phillipe Baden Powell, pianista e tecladista. Esse concerto foi gravado em CD, com o título Baden Powell e Filhos.
2000, 26 de setembro - Falecimento na cidade do Rio de Janeiro.

Discografia

1959 - 78 RPM
1959 - Apresentando Baden Powell e seu violão
1961 - Um Violão na Madrugada
1962 - Baden Powell (Compacto Duplo)
1962 - Baden Powell Swing With Jimmy Pratt
1963 - Baden Powell à Vontade
1964 - Le Monde Musical de Baden Powell (gravado na França)
1965 - Billy Nencioli / Baden Powell
1966 - Baden Powell ao Vivo no Teatro Santa Rosa
1966 - Os Afro-sambas - Baden & Vinícius
1966 - Tempo Feliz
1966 - Tristeza on Guitar
1967 - Berlin Jazz Festival
1968 - Poema on Guitar
1968 - Show Recital: Baden, Marcia & Originais do Samba
1969 - 27 Horas de Estúdio
1969 - Le Monde Musical de Baden Powell - Vol. 2
1970 - Baden Powell Quartet Vol. 1
1970 - Baden Powell Quartet Vol. 2
1970 - Baden Powell Quartet Vol. 3
1970 - Canto on Guitar
1970 - Lotus/Tristeza
1970 - Os Cantores de Lapinha
1971 - Estudos
1971 - L'ame de Baden Powell
1971 - L'art de Baden Powell
1972 - Samba Triste
1972 - Baden Powell
1973 - Apaixonado
1973 - Solitude on Guitar (gravado na Alemanha)
1974 - La Grande Reunion
1974 - La Grande Reunion vol.2
1977 - Baden Powell canta Vinicius de Moraes e Paulo Cesar Pinheiro
1977 - Maria D'Apparecida et Baden Powell
1979 - Grande Show ao Vivo no Procopio Ferreira
1983 - Felicidades/Felicidade/Live in Hamburgo
1988 - Rio das Valsas
1990 - Os Afro-sambas - Regravação com Quarteto em Cy
1990 - Live at The Rio Jazz Club
1992 - The Frankfurt Opera Concert 1975
1992 - Live in Switzerland
1994 - Rio a Paris - Decembre 94
1995 - Baden Powell & Filhos
1996 - Baden Powell a Paris
1996 - Live at Montreux Jazz Festival
1998 - Suite Afro-Consolação
2000 - Lembranças

domingo, 2 de janeiro de 2011

"DICK FARNEY"


Dick Farney, nome artístico de Farnésio Dutra e Silva
(14 de novembro de 1921 — 4 de agosto de 1987) foi um cantor,
pianista e compositor brasileiro.
Começou a tocar piano ainda na infância, quando aprendia música erudita com o pai,
e enquanto a mãe lhe ensinava canto.
Em 1937 estreou como cantor no programa Hora juvenil na rádio Cruzeiro do Sul do Rio de Janeiro, quando interpretou a canção Deep Purple composta por David Rose, foi levado por César Ladeira para a rádio Mayrink Veiga, passando a apresentar o programa Dick Farney, a voz e o piano. O conjunto Os swing maníacos formado por Dick, tinha ao lado o irmão Cyll Farney, na bateria, acompanhou Edu da Gaita na gravação da música Canção da Índia, do compositor russo Nikolay Rimsky-Korsakov
(1844-1908). De 1941 a 1944, era crooner da orquestra de Carlos Machado, no Cassino da Urca, no tempo em que o jogo era permitido no Brasil. Em 1946 foi convidado para ir para os Estados Unidos, depois do encontro com o arranjador Bill Hitchcock e o pianista Eddie Duchin, no Hotel Copacabana Palace. Fez apresentações na rádio NBC, durante dois meses. Em 1948 apresentou-se com sucesso na boate carioca Vogue. No ano de 1959 era exibido o programa de TV - Dick Farney Show, na TV Record - Canal 7 de São Paulo. 1960 formou a Dick Farney e sua orquestra que animou muitos bailes. 1965 na recém-inaugurada TV Globo - Canal 4, Rio de Janeiro, apresentados por Betty Faria e Dick Farney, o programa de TV Dick e Betty. Gogô foi seu pianista acompanhador de 1977 a 1987.

Foi proprietário das boates Farney´s e Farney´s Inn, ambas em São Paulo. 1971 - formou um trio com Sabá. De 1973 a 1978 tocava piano e
cantava na boate Chez Régine no Rio.

Composições

1955 - Sonhando com Shearing
1955 - Sem nome
1956 - Farney´s blues - Dick Farney Trio

Turnês

Apresentou-se nas cidades norte-americanas de Hollywood, Chicago e San Francisco, em Nova Iorque (Waldorf Astoria Hotel e Shell Burn Hotel),nos países Argentina, Uruguai, Cuba, República Dominicana, Porto Rico e ilhas do Caribe.

Filmes

1950 - Somos dois - dirigido por Milton Rodrigues
1952 - Carnaval Atlântida - de José Carlos Burle
1953 - Perdidos de amor - de Eurides Ramos

Participação especial

Espetáculo dos 20 anos de bossa nova - realizado em São Paulo,
ao lado de Lúcio Alves, Nara Leão, Carlos Lyra e muitos outros.
Em 1948 foi fundado no Rio, o fã-clube Sinatra-Farney, que admiravam o jazz americano. Uma de suas componentes era a que viria a ser a cantora Nara Leão.

Discografia

1944 - The music stopped(fox)/Mairzy doats(fox-trot) -
com a orquestra de Ferreira Filho - gravadora Continental
1944 - What´s new? (fox-trot) - crooner do conjunto Milionários.
1944 - San Fernando Valley/I love you
1944 - I don´t want to walk without you
1945 - This love of mine/The man I love
1946 - Copacabana/Barqueiro do rio São Francisco -
com acompanhamento de Eduardo Patané
1946 - Era ela/Ela foi embora
1947 - Just an Old Love of Mine (Peggy Lee/Dave Barbour)/For Once in My Life (Fisher/Segal)com Paul Baron e Sua Orquestra
1947 - Marina/Foi e não voltou
1947 - Gail in Galico/For sentimental reasons
1948 - Ser ou não ser/Um cantinho e você
1948 - Meu Rio de Janeiro/A saudade mata a gente
1948 - Esquece/Somos dois…
1949 - Ponto final/Olhos tentadores
1949 - Junto de mim/Sempre teu
1950 - Não tem solução/Lembrança do passado = gravadora Sinter
1951 - Uma loira/Meu erro
1951 - Canção do vaqueiro/Nick Bar
1952 - Mundo distante/Não sei a razão
1952 - Luar sobre a Guanabara/Fim de romance
1952 - Sem esse céu/Alguém como tu
1953 - Perdido de amor/Meu sonho
1953 - Nova ilusão/João Sebastião Bach
1953 - April in Paris/All the things you are
1953 - Speak low/You keepcoming back like a song
1954 - Copacabana/My melancholy baby
1954 - Tenderly/How soon - Majestic Records
1954 - Somebody loves me/There's no sweeter word than sweetheart
1954 - Marina/For once in your life
1954 - Grande verdade/Você se lembra?
1954 - Outra vez/Canção do mar
1954 - Tereza da praia/Casinha pequenina - junto com o cantor Lúcio Alves
1954 - Música romântica com Dick Farney- lançou o long-play ou Lp com a destaque para a música "Canção do mar"
1954 - Sinfonia do Rio de Janeiro - disco de 10 polegadas
1955 - A saudade mata a gente
1955 - Foi você/Tudo isto é amor
1955 - Dick Farney e seu Quinteto
1955 - Bem querer/Sem amor nada se tem
1955 - Dick Farney on Broadway
1956 - Jingle bells/White Christmas/Feliz Natal
1956 - Jazz Festival
1956 - Jazz after midnight
1956 - Meia-noite em Copacabana com Dick Farney
1956 - Dick Farney Trio - contendo a canção "Valsa de uma cidade" (Ismael Netto/Antônio Maria)
1957 - Un argentino en Brasil/Nem fala meu nome
1957 - O ranchinho e você/Só eu sei
1957 - Toada de amor/O luar e eu…
1959 - Este seu olhar/Se é por falta de adeus
1959 - Esquecendo você/Amor sem adeus
1959 - Atendendo a pedidos
1960 - Dick Farney em canções para a noite de meu bem
1960 - Dick Farney e seu jazz moderno no auditório de O Globo
1960 - Dick Farney no Waldorf
1961 - Somos dois/Uma loura
1961 - Dick Farney Jazz
1961 - Dick Farney Show
1961 - Jam Session
1962 - Dick Farney apresenta sua orquestra no auditório deO Globo - paticipação especial de Leny Andrade
1965 - Meia-noite em Copacabana
1967 - Dick Farney, piano e Orquestra Gaya
1972 - Penumbra e romance
1973 - Dick Farney
1973 - Concerto de Jazz ao vivo
1974 - Dick Farney e você
1974 - Um piano ao cair da tarde
1975 - Um piano ao cair da tarde II
1976 - Dick Farney
1976 - Tudo isso é amor - junto com a cantora Claudette Soares
1977 - Cinco anos de jazz
1978 - Dick Farney
1978 - Tudo isso é amor II
1979 - Dick Farney: o cantor, o pianista, o diretor de orquestra - série Retrospecto - gravadora RGE
1981 - Noite
1983 - Feliz de amor
1985 - Momentos
1986 - Dick Farney "ao vivo" (Arte do espetáculo) - gravado no restaurante-bar Inverno & Verão, na cidade de São Paulo.